segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Não sei muito bem como...

Não sei muito bem como aconteceu.
Lembro que estava tendo um sentimento paterno. Pensei estar com saudades do meu cachorro. Essas coisas pós-modernas de considerarmos um animal como sendo parte da família. Meu cachorro era meu filho e espero não ser com o meu filho como sou com o meu cachorro.
As vezes jogo as latinhas de cerveja sobre a casinha dele, coisa que ele já se acostumou. As vezes puxo o pano dele só para vê-lo correr atrás de mim. Nem sempre dou água, nem sempre dou comida. Muitas vezes acho que ele pode ficar um dia sem comer, porque está com o peso muito elevado para o tamanho dele.
Mas não era sentimento paterno numa relação homem-animal.
Era relação pai-filho humano mesmo!
Mas não dei muita importância e a vida seguiu. Seguiu bem até o dia que minha namorada disse que estava meio estranha. Estranha entende-se por menstruação desregulada. Desregulada entende-se por menstruação atrasada que automaticamente nos remete a gravidez.
E gravidez é uma palavra estranha que me lembra gravidade. Não aquela que nos mantém presos ao chão. Gravidade no sentido de situação complicada em um contexto complicado.
Ela foi fazer o teste de farmácia.
Um risco.
NEGATIVO.
Mas a situação continuou em um contexto complicado.
Teste de laboratório.
Até 05 nada de gravidez. Acima de 100 tudo de gravidez.
55.
Brincadeira isso?
Liga para o médico. Recebe saudações e felicitações. Brinca-se no Facebook. Desmente. O médico atende. Diz que vai ser o triplo o número no próximo teste. Tem certeza que não está, mas já errou uma vez. Faz o teste, nem o dobro. Laboratório comemora.
POSITIVO.
Dúvida. Recebe saudações e felicitações mais uma vez. Presente da sócia. O médico pede novo teste. Agora sim, mais que o dobro.
400.
POSITIVO MESMO... SEM ERRO!
A vida muda, os planos mudam. A felicidade cresce.
Não sei muito bem como vai acontecer!

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